Até 2025, serão perdidos R$ 59 bilhões no setor da construção civil devido a problemas com burocracia e processos ineficientes. É isso que mostra o estudo realizado pela Deloitte a pedido da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). É claro que alguns documentos obrigatórios e a complexidade tributária impactam aqui. No entanto, sem dúvidas, a falta de transparência, de precisão e de colaboração nos fluxos de trabalho são igualmente preocupantes. Felizmente, os pilares do BIM, já disseminados em grande parte do país, são uma solução ágil e assertiva.

Seja para quem deseja investir em licitações e trabalhar em obras públicas, como hospitais, aeroportos e rodovias. Ou, até mesmo, para aqueles que preferem focar em prédios residenciais e comerciais, em iniciativas privadas.

A verdade é que a Modelagem da Informação da Construção é o caminho para reduzir os erros no projeto, porém não só isso. Com ela, você consegue escalar a atuação do seu escritório sem perder eficiência e sem falhas de comunicação. Quer saber mais? Leia o conteúdo abaixo!

Veja no blog: Implementando BIM em 2024: o que é essencial?

Conheça os 3 principais pilares do BIM

Quem trabalha como gestor sabe: existe uma série de itens que precisam estar alinhados para uma equipe funcionar perfeitamente. Os funcionários precisam entender o motivo do trabalho e se manter engajados. Os fluxos necessitam ser ágeis e sem travas. As inovações não podem ser esquecidas: elas devem chegar enquanto forma de facilitar o trabalho.

É dessa premissa que nasce os 3 principais pilares do BIM: pessoas, processos e tecnologia. Eles são fundamentais não apenas para a implementação das soluções, mas também para que elas funcionem no dia a dia. Afinal, de nada adianta adquirir softwares de alto nível, como o Revit, sem profissionais capacitados ou com procedimentos que atrasam as entregas. Ou seja: um pilar depende do outro a fim de que o resultado final seja atingido conforme as expectativas.

A seguir, apresentaremos em detalhes cada um deles. Confira!

1. Pessoas

Nenhuma empresa funciona sem o recurso humano. As inteligências artificiais fazem parte para acelerar processos e entregar dados, porém são as pessoas que criam as estratégias e estão à frente dos resultados.

Por isso, não há implementação do BIM sem que sua equipe esteja alinhada, motivada e capacitada para tal. É necessário deixar claro as razões da mudança de tecnologia, uma vez que alterações sempre causam desconforto.

Mostre como a equipe ganhará tempo e eficiência com os novos softwares. Igualmente, de que modo diminuirá as horas de trabalho e os erros que causam dor de cabeça. É sua responsabilidade engajar os colaboradores no projeto para superar os desafios.

Contudo, atenção: eles precisarão de capacitação para cumprir os objetivos. Por mais que as ferramentas sejam intuitivas, essas serão completamente novas. Para que não haja impedimentos na atuação e sejam utilizados 100% dos recursos, é essencial treinamentos específicos.

Inclusive, a falta de mão de obra qualificada é um dos grandes problemas apontados pela pesquisa da Fiesp. Aqui, deve-se esforçar para encontrar bons profissionais, bem como partir da empresa o investimento em pessoas que trarão retorno para o negócio.

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2. Processos

Mesmo com as melhores tecnologias e especialistas no mercado, uma corporação pode fechar as portas por processos ineficientes. E não é à toa: além de atrasar as entregas, eles abrem bastante espaço para que erros passem despercebidos.

Veja alguns dados para ter uma ideia dos reflexos negativos que eles podem causar. A construção de um prédio residencial padrão deveria levar em torno de 12 meses. No Brasil, dura mais de 2 anos. Em obras de rodovia, o cenário é ainda pior, pois o tempo de execução é 4 vezes maior do que o ideal. Se você vive nesse dia a dia, já conhece as consequências: prejuízos, insatisfação do cliente e falta de confiança do mercado na sua empresa.

Portanto, não é sem motivos que os processos são um dos pilares do BIM. Para usufruir dessa metodologia com eficácia, é fundamental rever os fluxos internos de trabalho e eliminar os obstáculos.

Uma maneira interessante de dar esse primeiro passo é contar com um BIM Manager ou com NUGBIM, dependendo do tamanho da companhia. Basicamente, são indivíduos que se tornarão responsáveis pela implementação e pelo acompanhamento de resultados com as soluções BIM.

3. Tecnologia

Por fim, é essencial contar com as ferramentas BIM mais atualizadas do mercado, que cumprem as necessidades atuais. E, claro, ter em mãos máquinas que correspondem assertivamente a elas.

A definição de quais soluções seu escritório vai utilizar dependerá do objetivo e da área de atuação. No geral, o Revit, citado neste texto, é um dos mais procurados. Afinal, há como projetar qualquer tipo de edificação com ele.

Entretanto, é interessante não deixar de lado outros produtos que ajudarão em todo o ciclo de vida da construção. Infraworks, Navisworks, Construction Cloud e Civil 3D são alguns deles.

Para tirar dúvidas e saber quais se encaixam na sua realidade, entre em contato com a Deskgraphics. Nossa equipe lhe atenderá com todo cuidado e agilidade!

Saiba como os pilares do BIM ajudam a reduzir os erros na construção civil

Comunicação desalinhada, perda de dados, falta de previsão de custos e quantitativos são alguns dos grandes erros que prejudicam os resultados nas edificações. E eles não são exclusivos das grandes empresas: os pequenos e médios negócios retardam seu crescimento ao ficarem expostos a esse tipo de situação.

Felizmente, os pilares do BIM não foram criados sem propósito. Cada um dos 3 citados no tópico anterior possibilita uma série de recursos que eliminam as falhas e garantem os lucros. Abaixo, mostraremos em detalhes aqueles que mais impactam no seu dia a dia. Entenda!

Modelagem Paramétrica

Quantas vezes uma pequena alteração no projeto gerou um grande erro, com prejuízo, em uma obra que você estava trabalhando? A modelagem paramétrica chega com intuito de evitar esses problemas.

Ao construir uma parede e um piso, por exemplo, e ter que mudar a altura de um deles, o outro se adapta automaticamente à aquela alteração. Tudo isso porque com os pilares do BIM, os objetos têm representações digitais inteligentes com informação atribuída a elas.

Logo, é como se compreendesse o que são, suas características e seu objetivo naquele projeto. Permitindo, assim, que conversem entre si e se ajustem ao que for obrigatório.

Integração entre equipes

A integração entre as equipes é um dos principais pontos da Modelagem da Informação da Construção. Isso visto que todos os profissionais trabalham em um mesmo modelo federado, em 3 dimensões.

Consequentemente, fica fácil manter uma comunicação alinhada e ter interação confiável entre as dezenas de disciplinas do projeto. Desde o design e a arquitetura até a estrutura e o canteiro de obras, já que os operadores podem acompanhar o projeto na tela simultaneamente.

O gestor também ganha neste ponto, pois pode acelerar seu fluxo de trabalho usando aprovações automáticas. Tudo isso, é claro, com pré-requisitos definidos para garantir a assertividade.

Interoperabilidade

Da mesma maneira que os pilares do BIM permitem a integração entre as pessoas, também há entre os softwares. Logo, você pode integrar com diferentes soluções para trocar dados importantes ou potencializar o trabalho. O projetista pode, por exemplo, compartilhar seu modelo desenvolvido no Revit, com o engenheiro que usa o Civil 3D.

Quantitativo de Insumos

Um dos principais vilões da falta de lucro na construção civil é o quantitativo de insumos realizado de forma equivocada. Isso porque os custos podem facilmente sair fora do orçamento. E pior: os operadores da obra podem ficar sem materiais para trabalhar.

Todavia, quem atua com os pilares do BIM não sofre nesses cenários. Dentro das próprias ferramentas, há uma lista que é preenchida automaticamente com os materiais e as quantidades necessárias.

Isso significa nunca mais precisar fazer os cálculos manualmente, perdendo horas preciosas de trabalho e dando muitas chances para os erros. Aqui, basta o profissional adicionar os objetos que a lista é preenchida “sozinha”.

Checagem de interferências e viabilidade

Grave o nome dessas duas soluções: Infraworks e Navisworks. As duas, em diferentes momentos do ciclo de vida da construção, garantem que seu projeto não sairá das telas com interferências ou falta de viabilidade. 

Logo no início, o Infraworks é usado para conferir se a proposta desenhada fará sentido no local onde será executada. Para isso, verifica-se sua viabilidade em uma perspectiva bastante ampla. Assim, antes mesmo de dar continuidade e perder tempo de trabalho, você pode escolher os melhores caminhos, baseando-se em dados.

Depois, o Navisworks chega para garantir que não existe nenhuma falha no projeto. Com ele, você coordena e detecta interferências rapidamente, em qualquer etapa da edificação. É possível, inclusive, notificar os responsáveis para corrigir o problema.

Para finalizar, que tal se aprofundar em conteúdos que auxiliam nas entregas antes do prazo? Veja em nosso blog!

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