Com a obrigatoriedade da implementação do Building Information Modeling, por meio do Decreto BIM, há muita especulação sobre o que esperar do BIM em 2022. Para corroborar essa informação, trouxemos dados do Mapeamento Maturidade BIM Brasil, realizado pelo Sienge e a Grant Thornton.

Conforme o levantamento, até 2022, 70% das instituições de construção brasileira planejam adotar a metodologia. Atualmente, 38,4% da amostra do estudo já a utilizam. Agora, de acordo com o Diagnóstico de Maturidade BIM realizado em 2021, pelo Núcleo BIM do DNIT, a porcentagem geral é de 39% no ano de pesquisa.

Visto isso, neste artigo, falaremos sobre a metodologia de modelagem de informação em 2022. Continue a leitura e saiba o que esperar dela.

Veja o que esperar do BIM em 2022

De acordo com o citado levantamento realizado pelo DNIT, 83,73% dos entrevistados saberem o que é o BIM. Portanto, primeiramente, é importante conceituá-lo. Assim, nada mais é que um método de desenvolvimento de modelo virtual, com dados técnicos de uma edificação. Não é um programa, mas um modelo de sistema inteligente em que pode-se utilizar variadas ferramentas para adicionar, mudar ou decodificar informações.

Por meio do Decreto BIM, ele deve ser implantado em todos os projetos de construção civil. Sua aplicação, de acordo com o documento, iniciou em janeiro de 2021 e deve ser adotada por todos até 2028. Mas isso é referente ao Brasil. Antes de falarmos como o BIM está sendo usado no mundo, mostraremos o que esperar dele neste ano de 2022.

1. Ambiente de dados comum (CDE)

Diversos profissionais da construção ainda creem que o BIM está relacionado apenas à modelagem 3D para equipes. Porém, ele trata de todos os dados relacionados a ele. Dessa forma, uma boa efetivação da metodologia deve se estender a todas as partes do projeto, unificando todas as pessoas em todo o ciclo de vida dele. Para isso, deve-se haver apenas uma única fonte de dados para trazer mais controle e eficiência.

Assim, um CDE (Commom Data Enviroment) é um ambiente único utilizado para coletar, gerenciar e propagar informações necessárias para todas as ferramentas, etapas e envolvidos no projeto. Ele ajuda a conectar dados, fornecendo uma plataforma para que os membros da equipe registrem, distribuam e resolvam alterações com um baixo custo.

Um bom CDE tem como pilares a simplicidade para garantir que a experiência do usuário seja intuitiva e simples. Também, tem a confiabilidade, para que todas as partes tenham controle sobre seus dados e nenhuma tire vantagem diante da outra. E, por último, a segurança, afinal deve utilizar protocolos que assegurem rigorosamente os dados armazenados.

2. Adoção de gêmeos digitais

Um gêmeo digital é uma representação eletrônica ― ou uma réplica ― de uma coisa física. No caso da área de construção, podem desempenhar um papel indispensável em como os proprietários gerenciam os ativos construídos, como os consumidores interagem com essas estruturas etc.

Assim, esse modelo será muito mais prevalente nos próximos anos, permitindo que todos os interessados ― stakeholders ― visualizem a fase de construção em um ambiente virtual, o que ampliará a metodologia BIM em 2022. A melhor qualidade de dados e o avanço do tempo trarão mais evolução para otimizar as informações capturadas, armazenadas, analisadas e compartilhadas.

Dessa forma, cada vez mais, o digital está conectado ao setor de construção civil. Assim, é importante fazer a implementação do BIM o quanto antes. Na sequência, você vê como ele está sendo adotado mundo afora.

BIM em 2022: confira sua obrigatoriedade em alguns países

Em alguns lugares do mundo, o BIM é obrigatório. No Reino Unido e em países escandinavos, a adoção do BIM começou mais cedo e, por esse motivo, estão em uma fase mais regulamentada. Tanto que no país citado, seu uso é obrigatório para todos os projetos do governo.

Na França, Paris pressionou pelo Plan BIM 2022, visando a efetivação de forma integral a metodologia em todo o país até 2022. Já a Alemanha segue o modelo britânico e, muitas vezes, as solicitações privadas são maiores que as públicas nessa nação. E a Itália planeja concluir uma fase inicial de implementação em 2022 para quase todos os projetos e será obrigatório para todos com orçamento inferior a 1 milhão de euros, até 2025. Na Espanha, diferente de outros países europeus, é obrigatório em projetos de concursos públicos superiores a 2 milhões de euros, desde 2018.

No continente sul-americano a metodologia BIM chegou um pouco mais tarde. Em países como Venezuela, Equador e Costa Rica, a adoção não está ocorrendo conforme os demais países e a introdução do BIM tem sido bastante difícil. Colômbia, Chile e Peru já têm plataformas ou decretos que impulsionam o BIM, como é o caso do plano estratégico chileno Build 2025 e o do Plano BIM do Peru. Na Argentina vem sendo trabalhada a conscientização e tem sido experimentada uma evolução um pouco lenta, se comparada aos demais países. No México, país norte-americano, essa realidade também é vagarosa.

E falando em América do Norte, os EUA são pioneiros e criadores dessa metodologia, assim, são o país onde ela está mais avançada. O Canadá tem sua efetivação acontecendo rapidamente.

Então, está preparado para implementar o BIM em 2022 em sua empresa? Então, aproveite e leia também: Por que fazer a implementação BIM com a DeskGraphics? E continue acompanhando nosso blog.

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